domingo, 26 de maio de 2013

Um outro Rio

Já existe um movimento de criar roteiros turísticos interessantes na cidade do Rio de Janeiro, que fujam do tradicional (e belíssimo) Pão de Açúcar-Corcovado-praias. O pessoal da agência Rios de História vem fazendo um trabalho bem legal nesse sentido, com criativos roteiros históricos e culturais, bem como o pessoal do "Roteiros Geográficos do Rio", ligado ao Instituto de Geografia da UERJ. Teresa Montero faz também um belo trabalho com seus "passeios" pelo Rio de Carmen Miranda e Clarice Lispector e já vi que de tempos em tempos acontece um tour Art Déco pela cidade. Eu mesma o fiz muitos anos atrás, no âmbito do incrível curso "Espaços do Rio", que era oferecido no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). Minha contribuição nesse sentido vem acontecendo mais no âmbito de minhas aulas, com os tours "Rio Global" e "Arab Tour". O primeiro procura acrescentar outras conexões que a cidade mantinha ao longo do XIX para além da Europa e da África, começando na Praça XV e terminando na Cinelândia. Já o último justamente começa na "europeia" Cinelândia e termina na parte da SAARA que ainda mantém mais características árabes. Em um mundo ideal, eu seguiria com o grupo para a Tijuca e lá visitaria as instituições aqui criadas pelos cristãos, muçulmanos e judeus árabes, mas nunca dá tempo de fazer tudo de uma vez só! Volta e meia recebo pedidos para fazer esse roteiro com pessoas que não são meus alunos (só para lembrar, tenho licença da Embratur), mas nunca consegui por em prática. Vai que com uma divulgação dessa iniciativa aqui, eu consiga fechar um grupo e a gente explore um Rio um tanto quanto diferente? Quem se interessar, por favor, escreva para o e-mail sbmonique@uol.com.br. Abaixo: Padaria Bassil, tradicional padaria árabe estabelecida em 1913 na Rua Senhor dos Passos e que conta, a meu ver, com a melhor esfiha do Rio! O azulejo preto e branco tem uma interessante história, ligada ao futebol carioca, que conto no tour. Foto: Monique Sochaczewski, setembro 2011).

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Crowdfunding

Segundo ouvi em palestra recente, parece que o pessoal de Produção Cultural da UFF já vem produzindo escritos acadêmicos sobre o uso de crowdfunding, financiamento coletivo, no Brasil. Já existem casos de professores usando as plataformas para viabilizar projetos educativos, mesmo em História. Gostei em especial do "History by Imagication", apresentado recentemente no Kickstarter (principal plataforma estrangeira) e sei que existem vários, nos EUA e mesmo por aqui. Já existe também nos EUA uma plataforma especializada em projetos acadêmicos, embora fortemente voltada para ciências biológicas e exatas, a Microryza. O que me inquieta agora é a partir de que momento o meio acadêmico brasileiro vai também se direcionar para essa modalidade de financiamento para seus projetos. Imagino um mundo de possibilidades para Ciências Sociais e Humanas: livros, exposições, confecção de material didático, organização de eventos, exposições, etc. Mesmo viagens para trabalho de campo. Já há um interessante precedente, como o caso da jornalista brasileira Vanessa Oliveira, que cursa o mestrado de Altos Estudos da América Latina, na Sorbonne. Vale assistir seu vídeo e estudar seu projeto "MiBuena Vista", sobre pesquisa em Cuba, no Catarse (http://catarse.me/pt/projetomibuenavista) e, quem sabe, replicar por aqui. Agências de financiamento, editais e instituições formais ainda são os meios tradicionais de se viabilizar e fazer pesquisas no Brasil, mas isso pode se flexibilizar e vale experimentar.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Tulipas

Em 2005 a prefeitura de Istambul criou um festival internacional de tulipas. A ideia, além de deixar a cidade mais bonita do que já é, e celebrar a chegada da primavera, era reforçar para o mundo que as tulipas eram originárias da "Turquia" (no caso, Império Otomano) e não da Holanda, como muita gente pensa. Esse ano, inclusive, foi inaugurado um Museu da Tulipa, no Parque de Emirgan, no norte da margem européia do Bósforo, que infelizmente não consegui visitar. Tive a sorte, porém, de estar na cidade por duas vezes durante o tal festival (que sempre acontece no mês de abril) e compartilho aqui algumas fotos que fiz, tanto em 2010 como em 2013. As duas de cima foram tiradas em abril de 2013, a primeira nos jardins do incrível Galata Mawlawi House Museum, e a segunda próximo ao Hipódromo, em Sultanahmet. Na parte inferior, três fotos de abril de 2010. Uma próxima à estação de tramvay de Kabatas, outra no palácio de Dolmabahçe, e, por fim, um túmulo otomano em Sultanahmet.